quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Las Tetas...

Não resisti e tenho de colocar este texto de uma emigrante em Espanha.
(Penso que) Vale a pena ler.
(e digam-me se o gordo do autocarro 152, não é o retrato da malta do café do velório)

Ora aqui vai...

Mamas.
O tamanho das mamas. Os gajos e as mamas. As mamas da Elsa Pataki. A moda dos implantes de mamas. As mamas e a lei da gravidade. Não há outro tema em Madrid que não as mamas, tanto que toda a gente parece ter tetas na boca. Até mesmo na inauguração de uma exposição de fotografias suecas em Conde Duque, de longe o bairro mais cool de Madrid (finalmente adeus a Malasaña, o gueto de gente nítidamente feia travestida de intelectual) a conversa, entre vinhos e pintxos de fruta, derivou para as mamas, concretamente as minhas. Sim, eu tenho um belo par de mamas e se não bastasse a obviedade matinal de as ter de encaixar dentro de uma espécie de armadura, tenho a confirmação de dezenas de indivíduos com pilinha pendurada que fazem o favor de me lembrar quão esplêndidas, poderosas e evidentes são. "Ai filha", ofereceu-me um gordo hoje às oito da manhã, quase a roçar-se em mim no autocarro, num acto de valentia e hombridade. Que pensaria esse simio que lhe responderia? Anda cá, meu macho gordurento, e toma-me aqui, no 152, agarra-me e faz-me ver a luz, eu que nem sei que é um homem, eu que tenho estas maiúsculas tetas feitas para ti, à tua espera para serem sovadas e manuseadas por um macaco que paga impostos? Se o tivesse olhado nos olhos, se lhe respondesse, certamente ter-se-ia mijado todo, tal o cagaço, porque essa sub-espécie de anormais que infectam os passeios, as obras, as mesas do café do velório e os bancos de jardim são tão merdosos, tão cobardes, tão minúsculos na sua ridícula concepção da humanidade que se uma gaja os encara nem sabem onde se hão-de meter. Que fascínio é este dos gajos com as mamas? Lembranças da mãezinha, do quentinho do leite, do alimento grátis, do aconchego? Será que todos querem voltar ao útero? Até quando, Santo Deus, teremos que levar com essa obsessão com dois pedaços de carne? Quanto maiores, melhores, para quê? Acaso vão montar um talho, fazer delas uma almofada, forrar um sofá? Os peitos, as tetas, as mamas, cá por mim que os gajos não evoluíram assim tanto e estão um degrauzinho mais abaixo que nós lá na escala da humanidade

3 comentários:

Anónimo disse...

Ganda porca

Anónimo disse...

tu andas a ler a rititi!!!!

Anónimo disse...

Sejamos todos símios! Eu sou!